sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Alterações comportamentais sofridas pela Panthera onca em cativeiro

Bem, postarei agora a minha produção científica, feita por mim e mais dois colegas da faculdade :)



Panthera Onca mais conhecida como Onça Pintada o maior felino do continente americano esta ameaçada de extinção, muitos desses animais vivem em cativeiro ou recintos que visam à proteção a preservação da espécie, mas a um grande problema, em recintos ou cativeiro elas se produzem, mas não o seu habitat natural, e com isso acaba provocando alterações nos hábitos alimentares, comportamento, doenças e ate na aparência do animal.
            O tema Comportamento da Onça Pintada em Cativeiro foi escolhido justamente pela curiosidade de saber os hábitos do felino em cativeiro, as desvantagens de preservar a espécie em cativeiro e não em seu habitat natural.
Para saber quais alterações sofrem uma onça, temos que primeiro saber quais são suas características in natura, seus hábitos alimentares e estrutura física.
Classificação Cientifica
Reino: Animalia 
Filo
: Chordata 
Classe: 
Mammalia 
Ordem: 
Carnivora Família: Felidae 
Gênero: 
Panthera 
Espécie: 
Panthera onca
A onça pintada é uma espécie carnívora e alimentam-se, principalmente, de capivaras, serpentes, coelhos, veados, antas e outros mamíferos de pequeno porte. Come também peixes que ela mesma captura em rios, pois possui a capacidade de nadar
Esta espécie mamífera habita uma vasta região que vai do sul dos Estados Unidos até Argentina Está presente em grande quantidade nas matas e florestas tropicais do Brasil.
Possui mandíbulas muito fortes e, por isso, atacam suas vítimas mordendo na região do crânio
A expectativa de vida desta espécie (vivendo de forma selvagem) é de 12 anos aproximadamente.
As onças são animais crepusculares, ou seja, se encontram na ativa mais ao fim do dia inicio de noite, e embora cacem a qualquer hora do dia, elas preferem caçar a noite.

 
Resultados
·         As primeiras alterações que percebemos são nos hábitos alimentares, já que na natureza as variações de presas das onças variam desde pequenos roedores até capivara, enquanto no zoô ela recebe carne de vaca. Na natureza ela caça e não é todo dia dependendo da situação a onça chega a ficar dias sem comer. No caso especifico de Brasília as onças são alimentadas três vezes por semana, em média de 6 a 12 kg. Não se pode dizer ao certo, se o fato dela comer carne bovina, ajuda atrapalha ou não altera em nada a saúde e comportamento do animal.
·         As onças estão acima do peso, afinal, elas recebem comida e o espaço para se exercitar é pequeno, elas acabam não eliminando a gordura extra. Claramente nota que há uma diferença entre o porte físico de uma onça que vive solta e as do cativeiro, na natureza elas apresentam pernas definidas,  já no zoológico, por elas terem um espaço curto para se movimentarem, e não terem necessidade de correrem atrás de suas presas, elas acabam tendo um corpo fora de forma, com notáveis excessos de pele que demonstram excesso de gordura.
·         Estudo comparativo feito por estudantes veterinários de São Paulo sobre prevalência de doença periodontal (é uma doença infecto-inflamatória que acomete os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes.) em Panthera onca mantida em cativeiro e em indivíduos de natureza, mostra que animais em cativeiro possuem várias doenças periodontal e testes feitos com animais em seu habitat, não possuem nenhum comprometimento clinico na cavidade oral.





Conclusões

            Com base nos resultados óbitos concluímos que os cativeiros hoje alteram e muito o modo de vida das onças, as alterações que elas sofrem são muito significativas, alterações nos cativeiros e no modo como são tratadas as onças se fazem necessárias para diminuir esse impacto.
            E todas as alterações encontradas por essa pesquisa, estão interligadas, a alimentação somada ao recinto onde vivem se somam. No caso da doença Periodontal se deve a uma falta de calcificação do dente, essa falta se deve ao fato de a onça não ter ossos para roer, nem a necessidade de presas afiadas para caçar, então ela, que na natureza às vezes come pedra ou raspa seu dente em troncos de árvores para calcificar e fortalecer os dentes, em recinto não tem necessidade de fazê-lo.
            Os excessos de alimentação somados ao tamanho e obstáculos do recinto fazem com que os músculos dela sejam atrofiados, fazendo com que este animal perca muito de sua força.
            Podemos dizer que um filhote que nasça em cativeiro e ali viva até certo período de sua vida, fica incapaz de ser solto na natureza, pois além de não saber caçar, tem uma força menor.
            Afirmamos que estudos posteriores devem ser feitos para a criação de novos recintos, com maior área e que proporcione a onça uma maior opção de atividade física, além de mudar alimentação.


Autores: Leal Júnior, Leonardo Barbosa
              da Cunha, Marcos João
             Martins, Luciano Nonato de Castro
 

Um comentário: